Relatório OIE – casos de COVID em animais
Até 31 de dezembro de 2022, um total de 699 surtos de SARS-CoV-2 foram registrados em 26 espécies animais de 36 países na América, África, Ásia e Europa, incluindo gatos, cães, leões e visons.
A Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) publicou um relatório que compila todos os dados registrados em todo o mundo sobre as espécies animais afetadas pelo SARS-CoV-2 durante o ano de 2022.
Em 31 de dezembro de 2022, 664 milhões de casos humanos confirmados tinham sido relatados em todo o mundo e mais de 6 milhões de mortes desde o início da pandemia. O primeiro caso oficialmente registrado de SARS-CoV-2 em animais foi em um cão em 29 de fevereiro de 2021 em Hong Kong, um ano após o início do confinamento em muitos países europeus.
A doença distribuiu-se, segundo a OIE, por 36 países da América, África, Ásia e Europa, onde ocorreram 699 surtos e afetou 26 espécies animais diferentes: dentre eles gatos, cães, visons, lontras, furões domésticos, leões, tigres, pumas, leopardos-das-neves, gorilas, veados-de-cauda-branca, gato-pescador, binturong, quati sul-americano, hiena-malhada, lince da Eurásia, lince-do-canadá, hipopótamo, hamster, veado-mula, tamanduá-bandeira, peixe-boi das Índias Ocidentais, sagüi-de-cauda-preta, comum macaco-esquilo, mandril e raposa vermelha.
“Embora o principal fator de propagação comunitária e internacional da atual pandemia seja a transmissão pessoa a pessoa, os casos de infecção pelo vírus SARS-CoV-2 em animais, embora permaneçam ocasionais, continuam aumentando”, diz a OIE .
VACINAR ANIMAIS DE COMPANHIA E ANIMAIS DE FAZENDA
Em dezembro do ano passado, foram registrados 7 surtos em 5 países (Canadá, Estônia, Itália, México e Suíça) em 4 espécies animais (gatos, cães, leões e martas americanas).
A OIE inclui no seu relatório algumas conclusões sobre os prós e contras da vacinação de animais de companhia e de produção que foram realizadas entre um grupo de trabalho desta organização junto com a FAO.
Eles afirmaram que os animais de fazenda estão em uma situação mais complexa do que os animais de companhia. Usando como exemplo o caso do vison (que geralmente é afeatdo pelo contato com humanos), os pesquisadores incentivam os funcionários que trabalham nas fazendas a se vacinarem como método de prevenção antes de vacinar as populações de visons, espécie que registrou mais infecções no último mês de 2022.
“Embora as vacinas humanas não induzam imunidade total, elas reduzem a duração da excreção viral e a carga viral. Portanto, a vacinação de trabalhadores pode reduzir o risco de transmissão em animais de fazenda, mas não eliminaria o risco”, indica a OIE.